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Agenda Cultural

“MUNDA de Francisca Rocha Gonçalves”

Na era antropocênica, a evolução tecnológica levou a um aumento na poluição sonora em ambientes aquáticos. O impacto do ruído antropogénico está a ser estudado e tem-se revelado prejudicial para a comunicação entre fauna aquática. Eventualmente, poderá também afetar elementos microscópicos devido a alterações na vibração e no movimento de partículas (particle-motion). As algas estão entre as espécies mais antigas da Terra e são amplamente utilizadas como bioindicadores ambientais. Várias formas de poluição e stress podem afetar estes microrganismos. Conhecer as relações entre as algas e os agentes antropogénicos de stress é fundamental para melhorar a gestão futura dos ecossistemas aquáticos. Que impacto poderá ter o aumento do ruído nestes microrganismos? Poderá a vibração causada pela poluição sonora estar a prejudicar estes elementos? 
MUNDA significa transparência, clareza e pureza. MUNDA era o nome latino que designava o rio Mondego. Em sua homenagem, é também o nome científico de uma alga recentemente aqui descoberta: a Munda sp. O rio Mondego acolhe a maioria das algas desta espécie além de uma grande diversidade de outras microalgas.
MUNDA é uma instalação audiovisual que chama a atenção para elementos do rio Mondego que normalmente não são acessíveis aos nossos sentidos. Revelando paisagens subaquáticas gravadas em diferentes locais e trazendo as algas a uma escala visível, esta instalação visa sensibilizar o público para os potenciais impactos do aumento do ruído e vibração em ambientes aquáticos. Questiona se a introdução de vibrações e alterações no movimento das partículas (particle-motion) nestes ambientes poderá ser prejudicial para os ecossistemas.
Esta instalação investiga características intrínsecas ao rio Mondego, trazendo reflexões sobre a importância de manter ambientes aquáticos saudáveis. Explora paisagens sonoras subaquáticas enquanto questiona os impactos antropogénicos da poluição sonora incluindo a escala microscópica.
Para o desenvolvimento de MUNDA, foi essencial a parceria com a Algoteca de Coimbra, que apoiou o desenvolvimento do projeto. Foram registadas paisagens sonoras subaquáticas e recolhidas amostras de água em vários locais do rio Mondego. As amostras de água foram analisadas e posteriormente apresentadas na instalação assim como as suas paisagens sonoras (soundscapes). As gravações sonoras foram realizadas no parque do Choupalinho, na Mata Nacional do Choupal, e no Açude-ponte de Coimbra.

Francisca Rocha Gonçalves é investigadora no Porto e Berlim, onde atualmente trabalha e reside. Possui formação em Ciências Biológicas – Licenciatura em Medicina Veterinária pelo ICBAS (Universidade do Porto) e um mestrado em Multimédia - Música Interativa e Design de Som pela FEUP (Universidade do Porto).
Combinando os seus interesses em som, tecnologia, arte e ciência, tem como objetivo consciencializar a sociedade, promovendo a educação ambiental por meio de práticas artísticas e arte sonora. A sua grande paixão pela biologia e pela música desafiou-a, a encontrar, sinergias entre a natureza e o som. Ao fazer a ponte entre estes dois mundos, tenta encontrar novas abordagens musicais, não apenas para composições musicais, mas também para performances. Atualmente, frequenta o doutoramento em Media Digitais na FEUP (Universidade do Porto) no programa UT Austin | Portugal CoLab, onde usa a ecologia acústica como ferramenta de consciencialização ambiental. O seu foco são as paisagens sonoras do oceano. Ao desenvolver ferramentas artísticas que permitam alertar para o problema da poluição sonora em ambientes subaquáticos, é possível compreender as mudanças que ocorrem na vibração e movimento de partículas, ambos componentes vitais na vida aquática.

Cofundadora do coletivo artístico Openfield Creative Lab.

Cofundadora do projeto Ocean Soundscape Awareness – ØSAW


Ficha Artística/Técnica
Francisca Rocha Gonçalves com a colaboração da Algoteca de Coimbra (ACOI), Departamento de Ciências da Vida - Universidade de Coimbra.


Classificação Etária
Todos os públicos


Informações
Bilheteira: 239 857 191
bilheteira@coimbraconvento.pt


Informação adicional:
- Uso de máscara obrigatório 
- Interdita entrada após o inicio do evento
- Respeite o distanciamento físico e a sinalização do espaço 
- Respeite as indicações dos assistentes no recinto


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